A lubrificação, seja por óleo ou graxa, tem o objetivo de criar uma película protetora entre as superfícies de contato que se movem simultaneamente, reduzindo o atrito entre as peças e engrenagens.
A redução do atrito prolonga a vida útil das peças, mas, para isso acontecer é importante selecionar corretamente o lubrificante a ser utilizado, do contrário, terá efeito reverso e prejudicará o sistema.
Continue a leitura para descobrir mais sobre a importâncias das graxas lubrificantes. No final, também abordamos a diferença entre a lubrificação com graxa e óleo.
Entenda como a graxa lubrificante funciona
De consistência pastosa e de alta viscosidade, a graxa pode ser produzida com óleo mineral, sintético e aditivos. Considerada composto de lubrificantes semi-sólidos, existem três principais tipos de graxa: Sódio, Lítio e Cálcio.
- Graxa à base de Sódio (NA) – considerada uma esponja embebida em óleo, quando aplicada em situação de estresse (rotação, alteração de temperatura, agitação), a esponja libera o óleo para ser formada a película de proteção para evitar o atrito entre as peças;
- Graxa à base de Cálcio (Ca) – já em situações sem estresse, a esponja retém o óleo na matriz e liberada durante a operação. Além de fornecer lubrificação, a graxa também evita a contaminação por meio da poluição do ambiente, que também pode levar à falha do equipamento;
- Graxa à base de Lítio (Li) – resistente à altas temperaturas e à água, esta graxa tem forte aderência a superfícies metálicas, com alta performance sob cargas pesadas e não é corrosivo.
Quando o produto possui fórmula adequada e balanceada, a graxa pode até mesmo reabsorver parte do óleo liberado, fornecendo uma reserva para ser utilizada quando necessário. Entretanto, para isso acontecer, é importante selecionar a viscosidade correta.
Viscosidade da graxa e as temperaturas corretas para uso
A viscosidade da graxa vai depender da temperatura que o equipamento opera. Na prática, a viscosidade é a resistência que o óleo tem ao circular dentro do motor. Por esta razão, é importante aplicar corretamente o óleo de maneira que evite trocas ou contaminação de produtos.
- Alta viscosidade – com maior resistência para fluir, o óleo com viscosidade alta exige mais energia para circula, entretanto, gera uma proteção maior;
- Baixa viscosidade – possui maior fluidez e demora menos para ser circular no motor, porém, gera menor proteção se comparada a de cima.
Se a graxa lubrificante for muito consistente, a liberação do óleo para as partes do equipamento pode não ser suficiente para proteger e oferecer lubrificação adequada.
Em altas temperaturas, o lubrificante fica menos viscoso. Quanto mais frio, a viscosidade é maior e fluí lentamente.
Vale salientar que em temperaturas muito baixas podem reduzir significativamente as características das propriedades da graxa, liberadas durante a operação, contribuindo para o desgaste e falha do aparelho.
O grau de consistência da graxa é medido em NLGI (National Grease Lubrificating Institute), no qual começa em NLGI 000, menor consistente ao mais fluído, o grau NLGI 6, a graxa mais dura.
Os graus mais populares na lubrificação automotiva e industrial são os graus NLGI 2 e 3. Veja a classificação baixo:
Não existe viscosidade melhor ou pior. O correto é seguir as recomendações do fabricante, pois, o uso de maneira equivocada aumenta o consumo de energia e combustível, eleva a temperatura de trabalho e causa problemas diretos quanto à lubrificação.
Os benefícios da graxa
A graxa é fundamental para o bom funcionamento do equipamento, pois reduz o atrito entre as peças, realiza a limpeza do sistema e aumenta a vida útil do equipamento. Mas, os benefícios não param por aí, confira:
- protege as peças contra ferrugem e corrosão;
- possui fácil aplicação;
- estrutura e consistência mantidas durante longo período de utilização;
- mantém as características durante a armazenagem;
- tolera grau de contaminação sem perder significativa eficiência.
Lubrificação: óleo x graxa
Os sistemas que utilizam graxa tendem a ser mais simples e baratos, normalmente aplicado e componentes que se movem verticalmente ou sob cargas pesadas.
Em rolamentos com velocidade moderada e temperaturas não excessivas, a graxa também funciona bem.
Sob alta velocidade, o óleo tende a ter melhores resultados, assim como aplicações de fricção extrema. Já em altas temperaturas, o óleo ajuda até mesmo a resfriar os componentes.
Geralmente, é o fabricante quem determina qual tipo de lubrificação é necessária para o equipamento, graxa ou óleo. Em razão disto, é importante seguir as recomendações, utilizar produtos adequados e com qualidade garantida.
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