As funções do sistema de lubrificação vão muito além da redução de atrito entre duas peças. Um sistema adequado diminui a temperatura, minimiza a corrosão, evita a formação de sedimentos e resíduos, e previne a contaminação.
Todas essas funções tem o objetivo de garantir um funcionamento livre de falhas mecânicas e prolongar a vida útil das partes e peças.
É fundamental dar uma atenção especial para as manutenções do sistema de lubrificação. Isso porque eles estão sujeitos a mecanismos de desgaste e a situações que favorecem a contaminação dos fluidos utilizados.
Quando falamos em contaminação, nos referimos às impurezas ou às condições anormais causadas por agentes químicos ou físicos. O contato desses elementos com os lubrificantes é uma situação bastante crítica para o maquinário.
Em todos os tipos de fluido, a contaminação pode ocorrer por 3 formas. Para saber quais são e reduzir os riscos para o maquinário, continue a leitura!
Como as fontes de contaminação entram no sistema
Geralmente, as fontes de contaminação e sujidades podem entrar no sistema de lubrificação de 3 formas:
- Criados pela interação humana – ocorre durante a adição do lubrificante ao sistema, pois pode haver a entrada de outras partículas durante o processo;
- Causas externas – pode entrar por meio de uma vedação com defeito, desgaste ou falha, ou também quando há espaço livre respirável em seu interior;
- Gerados internamente – oxidação e degradação térmica, ao longo do tempo, se transformam em contaminantes.
Existem diversos agentes que podem contaminar o sistema de lubrificação. Abaixo separamos os mais comuns em relação ao lubrificante.
Contaminação por água
A água é um contaminante universal que pode degradar o sistema tanto em sua forma livre, quanto dissolvida no óleo.
Danos que podem ser causados pela água:
– Corrosão das superfícies de metal;
– Desgaste abrasivo acelerado;
– Falha do aditivo do lubrificante;
– Variação da viscosidade;
– Máquinas vagarosas ou apresentando erros por conta da formação de cristais de gelo.
Contaminação por ar
O ar também pode contaminar o sistema de lubrificação, em estado dissolvido ou livre.
Em estado dissolvido, não resulta em grandes problemas. Apenas se estiver em grande quantidade pode afetar a performance da máquina.
Já em estado livre, ocorre a alteração da pressão por conta da compensação do ar, o que ocasiona o aumento da temperatura nas bolhas de ar. Isso deteriora os aditivos do fluido, assim como o lubrificante base.
Danos que podem ser causados pelo ar:
– Perda de força transmitida;
– Redução na saída da bomba;
– Perda de lubrificação;
– Aumento da temperatura de operação;
– Aceleração da corrosão das peças de metal (especialmente se combinado à água);
– Presença de espuma no reservatório e reações químicas.
Contaminação por partículas
Quando há a contaminação por partículas categorizadas como sedimento (inferiores a 5 μm), com o passar do tempo o sistema pode apresentar erros.
Já partículas catalogadas como dura (sílica, carbono e metal) ou maleável (borracha, fibras e micro-organismos), causam falhas imediatas e bastante graves.
A contaminação por partículas, geralmente, ocorre quando há ação humana ao trocar o lubrificante. Também pode acontecer no decorrer do processo de montagem do sistema ou de operação do mesmo.